sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Estágios irregulares de estudantes das faculdades particulares nos hospitais públicos

Garantir a educação e a saúde públicas e de qualidade é uma das nossas bandeiras de luta.
Há cinco anos, foram fundados dois cursos de Medicina de Instituições de Ensino Superior (IES) particulares, sem que se construísse um hospital de ensino. Chegado o período de estágio dos estudantes, tais IES fizeram acordos e convênios informais com hospitais públicos.
Em 2007, com o destaque de um convênio para estágio de estudantes de Medicina da NOVAFAPI no ambulatório do HGV, os estudantes da UESPI se mobilizaram, fizeram paralisações e chegaram a grevar, juntamente com os estudantes da UFPI, denunciando o sucateamento dos hospitais de ensino públicos e o privilégio dos interesses de mercado em detrimento do ensino médico de qualidade. Com a greve, conseguimos a revogação do convênio NOVAFAPI-HGV.
Depois de muita articulação, já no ano de 2009, conseguimos participar da criação da Portaria SESAPI no 440/09, que regulamenta o estágio de estudantes das particulares nos hospitais do Estado.
Essa portaria prioriza as vagas das públicas, respeita o Controle Social e determina que todos os convênios (já existentes e os que venham a existir) devem se adequar a ela.
Apesar de já estar em vigor desde julho de 2009, NENHUM CONVÊNIO DE IES PARTICULAR COM HOSPITAL ESTADUAL FOI REGULARIZADO de acordo com tal Portaria.
Um desses convênios, em especial, vem descumprindo vários quesitos da Portaria: um convênio entre FACID e a Maternidade D. Evangelina Rosa (MDER) para estágio de Medicina-Internato em Obstetrícia.
O estágio dos internos da FACID começou dia 25 de janeiro de 2010: desde então, os internos da UESPI e da UFPI, que já estagiavam lá, reclamam de superlotação dos espaços de prática, não-priorização de estudantes das públicas, deficiência na supervisão dos internos da FACID, circulação de internos da FACID fora dos locais onde foram escalados, dentre outros. O resultado todo mundo já sabe: PIORA DA QUALIDADE DO ENSINO E DO ATENDIMENTO ÀS PACIENTES.
Com relação a isso, estudantes da UESPI e da UFPI estão atuando em conjunto novamente e recorrendo a diversas instâncias: Comitê Acadêmico da MDER, Conselho Estadual de Saúde e até ao Ministério Público.

Para saber mais detalhes dessa história, desde o início até articulações mais recentes, clique aqui.

2 comentários:

  1. Sua história faz-me lembrar que eu vivi ... em certa ocasião, um amigo me disse que em um lugar chamado buy cialis
    estava ficando um alunos xq greve não quis dar um curso importante para a carreira de medicina, que eu estava estudando e fui imediatamente para apoiá-los ... Acho que é uma obrigação do Estado, universidades e hospitais públicos da melhor forma para preparar as pessoas que têm a obrigação de salvar os outros em sua vida .. obrigado

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  2. belo texto,boas justificativas!!mas de fato elas nao procedem tanto assim...sou da UFPI e garanto que dentro da minha instituiçao existe inveja sim contra as particulares!!se de fato UFPI e UESPI dao conta do recado,porque existem tantos pacientes sem serem atentidos nesses hospitais??as particulares contribuem para a melhoria da saude da capital,sao alunos capacitados e que merecem bom aprendizado!!os donos estao pagando,entao eles sao regulares...deixemos dessa briga de "egos" ridicula!!

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